Além da quantidade, a qualidade do que é oferecido na alimentação também é muito importante. O tipo de gordura, carboidrato e a fonte da proteína influenciam na qualidade da alimentação como um todo.
A ingestão excessiva de Gorduras, Carboidratos e Proteínas aumentam o risco de desenvolvimento de doenças em curto e longo prazo:
Ingestão de gorduras= dislipidemias (aumento de colesterol) e excesso de peso.
Ingestão de carboidratos= risco maior para diabetes, dislipidemias (aumento de triglicérides) e excesso de peso.
Ingestão de proteína= risco maior para obesidade na vida adulta.
A relação entre a ingestão excessiva de proteína nos primeiros anos de vida, especialmente, no primeiro ano, e o maior risco de desenvolvimento de obesidade no futuro é, relativamente, recente.
O leite materno é o alimento que contém menor quantidade e melhor qualidade de proteínas. Acredita-se que esse seja um dos fatores que se associa com a redução do risco de obesidade futura – por volta de 20 a 30% - em crianças amamentadas. O efeito da ingestão de proteína no risco de obesidade está relacionado ao efeito dela no equilíbrio hormonal da criança pequena que é “programada” para ganhar mais peso ao longo da vida.
Quando comparamos a quantidade de proteína que uma criança recebe por meio de leite de vaca, é possível perceber que a quantidade é superior a de crianças amamentadas.
O leite materno tem para cada 100 kcal por volta de 1,4 a 1,8g de proteínas. O leite de vaca possui 5 vezes mais proteínas quando comparado ao leite materno. Esse excesso de proteína do leite de vaca é um entre vários fatores para que não se recomende o seu uso para crianças menores de um ano e mesmo para crianças mais velhas (acima de um ano) a ingestão não deveria ser maior que 700 mL por dia.
No caso da impossibilidade do aleitamento materno, converse sempre com o seu Pediatra. Ele poderá ajudá-la a encontrar alternativas que ofereçam os nutrientes - tais como as proteínas - em quantidades e qualidade mais próximas ao leite materno.