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Dra Geórgia Fonseca

Quando devemos introduzir a alimentação complementar na vida do bebê?



A partir dos 6 meses O bebê deve começar a ingerir outros alimentos, introduzidos na dieta dele de forma lenta e gradual, inicialmente sem rigidez. Deve-se lembrar que a recusa inicial não significa que ele não goste; geralmente só não está acostumado com a textura, o odor e o sabor. Por isso é importante ter paciência e muito carinho na hora de iniciar a chamada “alimentação complementar”.

É muito importante oferecer uma alimentação complementar variada desde o início para que o bebê entre em contato com diferentes “sabores” e “texturas”, o que estimula hábitos alimentares saudáveis pelo resto da vida.

De forma sucinta, é possível descrever “Dez Passos” que estimulam uma alimentação saudável para crianças menores de 2 anos, sendo o primeiro ano de vida o mais importante nesse processo. Esses passos são:

1. Dar somente leite materno até os 6 meses sem oferecer água, chás nem nenhum outro alimento.

2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno, se possível, até 2 anos ou mais.

3. A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) por volta de 3 vezes ao dia.

a. No 6º mês, oferecer 2 refeições com frutas amassadas e 1 papa de carne com legumes.

b. No 7º mês, oferecer 2 refeições de papa de carne com legumes e 1 de frutas.

4. Oferecer a refeição, no início, sem rigidez de horário, respeitando a vontade da criança.

5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher. Começar com consistência pastosa (purê) e, gradativamente, aumentar até chegar à consistência da alimentação da família.

a. Do 6º ao 9º mês, oferecer alimentos bem cozidos, amassados com garfo, para que se atinja a consistência pastosa.

b. A partir do 9º mês, os alimentos ainda devem estar cozidos, mas já podem ser menos amassados e até cortados em pedaços pequenos.

c. Com 12 meses de idade (1 ano), a criança já pode receber alimentos de consistência igual à da alimentação da família.

6. Oferecer à criança diferentes alimentos todo dia; uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Há crianças que aceitam mais ou menos facilmente alguns alimentos, então continue a oferecê-los mesmo se houver recusa inicial.

a. Os alimentos devem ser testados aos poucos, sendo necessário experimentar de 8 a 10 vezes o mesmo prato para que se possa avaliar sua aceitação.

7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Os hábitos alimentares saudáveis são formados desde muito cedo.

8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Sal com moderação.

a. O açúcar só deve ser introduzido após 1 ano de idade.

b. Para temperar os alimentos, usar cebola, alho, óleo, salsinha e cebolinha.

9. Deve-se cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos e garantir seu armazenamento e sua conservação adequados.

10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação.

Não esquecer de oferecer água quando a alimentação complementar se iniciar.

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