Muitas situações podem nos marcar desastrosamente e nos deixar imersos em dor, desespero e apatia. A dor às vezes atordoa o sofredor apagando nele a fé que lhe poderia dar a força para o soerguimento. Assim quando o autismo surge em nossa vida. Se nos deixarmos permanecer neste pântano de sofrimento nada transformaremos. Primeiro deixe que as lágrimas corram...Que elas sejam intensíssimas à ponto de se transformarem em um rio. Lembre-se que é nas quedas que os rios criam energia. Se chegou agora nesta estrada, tenha certeza de que ela será de superações, tropeços, cansaços, mas que te carregarão no colo uma fé inquebrantável e persistência invejáveis à muitos líderes do mundo. Força esta que você não julgava ter dentro de si. Você ainda vai ser capaz de encarar o verdadeiro estado da sua vida e reformular, com todas as suas forças, suas emoções e ideais. Encarar a luta, compreender suas vivências sem sofrimento e vislumbrar um caminho de esperança. Não é piegas quando nós, pais que já estamos há um tempo nessa estrada, dizemos que os nossos filhos são os artesãos das nossas vidas. Eles nos transformaram, podaram, poliram, aprimoraram. Nos transformamos em muito mais do que pessoas comuns. Não estamos mais nivelados pela pobre normalidade do rebanho humano, do mesmo modo que nossos filhos não o estão. E isso não nos importa. Li que o famoso hindu e pregador Sundar Singh disse uma vez sobre a I Guerra Mundial : “Fizeram-se trincheiras em lugares férteis e foram destruídos campos de plantação. Após algum tempo, belas flores e frutos começaram a desabrochar e crescer nessas trincheiras. Descobriu-se que o solo era mesmo fértil e, debaixo daquele solo, havia terra ainda mais fértil” Creia que o seu solo é fértil! Are! Semeie! Regue mesmo que, às vezes, seja com lágrimas! Não descuide da sementeira. Tenha paciência com o tempo da plantação e os frutos virão! O sentimento maravilhoso de recompensa com cada broto, com cada botão, é inigualável! São recompensas primorosas que irão encher sua vida de uma alegria além da compreensão de todos os mortais. Dra Geórgia Fonseca