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Ser mãe de autista e o aprendizado de que entre o plantar e colher existe o regar e esperar

  • Dra Geórgia Fonseca
  • 18 de jan. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 21 de jun. de 2024




Dra Geórgia Fonseca

Lembro de uma comemoração do dia das mães quando a Ju era pequena e ainda não falava. Lembro de tê-la mandado à escola naquele dia vestida como uma boneca, num lindo vestido branco. Sentei-me no auditório com o coração aos saltos. E lá entra minha boneca, toda de branco, com um coração vermelho laminado no peito. Ela triunfou em conseguir ficar naquele palco! Mas não cantou... Ficou no seu silêncio, absorta em outras coisas que não a apresentação. É claro que fiquei feliz em vê-la com os amiguinhos participando, mas não os iludo em dizer que sofri por dentro em não ter podido ouvi-la cantar como as outras crianças.

O tempo passou, ela foi aos poucos adquirindo a linguagem. Atravessamos muitas estradas até chegarmos ao ponto que estamos. Então agora, nas proximidades do Dia das Mães, ela de repente canta a música para mim! Sim! Ela estava lá na cabecinha dela! Gravada, arquivada, dedicada a mim, corretamente endereçada do coração dela para o meu! Apenas, naquela época, ela não podia. Não conseguia. Não tinha os instrumentos necessários naquela ocasião!

Se isto nos serve de lição, eu lhes digo: Não desistam! Acreditem! No momento em que estamos ali onde não mais se espera nada acabaremos por receber muito mais do que almejávamos. Ou mesmo se seu filho não pode se expressar hoje, tenha a certeza de que a alma dele está cantando para você!

Dra Geórgia Fonseca


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