Dra Geórgia Fonseca
Quando se pondera o diagnóstico de autismo em nossos filhos, devemos estar alertas em alguns pontos:
• Geralmente se procura evitar diagnóstico precoce; se prefere falar em “desordem do desenvolvimento” para que a criança seja mais aceita na escola e há o medo do rótulo do Autismo como condição “permanente e imutável”.
Porém: Ter o diagnóstico precoce da criança acarreta em:
• Considerar precocemente as estratégias educacionais que devem ser implantadas àquela criança.
• Avaliar a necessidade e a intensidade das terapias apropriadas e de suporte.
• Estabelecer uma “linguagem comum” entre família, escola e terapias.
Primeiras Atitudes:
• Avaliar a saúde global da criança.
• Avaliar os pontos de intervenção que podem ser úteis para esta finalidade através dos exames e testagens.
• Avaliar as necessidades educacionais e os alvos comportamentais para ter um ponto de partida.
• Falar e se comunicar não são a mesma coisa. Uma criança não verbal necessita de um meio para se comunicar. Quando isso não é oferecido a alternativa da criança em se comunicar será através do comportamento.
• Portanto a implantação de métodos iniciais de comunicação alternativa não deve ser vista com preconceito.
As Terapias:
• Primeiro ponto: terapia para um paciente com autismo deve ser sempre individualizada.
• A terapêutica deve ser a adequada:
• À sua criança.
• À sua família.
• À sua filosofia
E o que mais os pais devem fazer?
• Ler, ler, ler: Livros, websites , jornais eletrônicos, vídeos de conferências
• Desenvolver uma estrutura de suporte: parentes, amigos, terapeutas, grupos de suporte.
• Promover em primeiro lugar a saúde e o bem estar da criança.
• Suporte mais intenso e necessário à saúde física e mental dos irmãos.
• Dietas: Promover a melhora dos distúrbios gastrointestinais, fazer os exames, reorganizar a dieta de toda a família para hábitos mais saudáveis. Só pensar em dietas restritivas inicialmente depois dos exames médicos.
• Saiba como lidar com a criança anoréxica. Procure ajuda profissional se necessário. Consulte seu pediatra e se possível um terapeuta habilitado em Terapia de Reintrodução Alimentar.
• Analise as prioridades da família e da criança (sono, distúrbios digestivos, infecções repetidas, dor, escola)
• Trabalhe junto com os profissionais e professores.
• Sempre use dicas visuais.
• Evite dar instruções longas e complicadas.
• Encorage o desenvolvimento das habilidades especiais da criança.
• Use as fixações da criança para motivar o trabalho escolar.
• Use métodos visuais e concretos para ensinar números e conceitos.
• Permita que a criança digite se não pode escrever.
• Proteja a criança de estímulos extremos enquanto não tiver tratado os problemas sensoriais. Esse tratamento deve ser prioritário.
• Use roupas pesadas quando quiser acalmar.
• Use material de ensino tátil ou concreto.
• Use cartões com palavras e figuras.
• Sempre tente generalizar o que ensinou a criança!
• Desenvolva uma boa relação com os profissionais que trabalham com seu filho. Torne-os amigos e não adversários!
• Mantenha-se informada sobre seus direitos e leis.
• Visite a sala de aula do seu filho e as terapias para avaliar o ambiente: ventilação, iluminação, barulho, mobiliário, interação criança X professor, criança X terapeuta.
• Procure reforçar em casa o que é ensinado pelos terapeutas e na escola. Peça ajuda e aprenda como fazê-lo.
• Encoraje e desenvolva o talento especial de seu filho.
• Tente manter o maior número possível de horas semanais de intervenção, para que a criança possa alcançar bons resultados.
Para você:
• Visualize a si mesma projetando uma aparência de calma e equilíbrio. Isto refletirá positivamente em você e na sua criança. (Seu filho será o reflexo do que você é!)
• Procure o apoio de outros pais.
• Coloque “reforços positivos” em sua vida (atividade religiosa, cursos, academia, terapeutas…)
• Viva um dia de cada vez!
• Busque informação (profissionais especializados, internet, grupos de suporte, literatura).
• Não se deixe intimidar!
• Mantenha uma postura positiva!
• Deixe a culpa para os culpados.
• Encontre atividades de lazer para sua criança além das terapias.
• Cuide de si mesmo!
• Decida como lidar com os outros em casos de exclusão ou qualquer atitude preconceituosa.
• Mantenha suas atividades rotineiras diárias.
• Mantenha seu senso de humor.
• Saiba que você não está sozinha! Há um número enorme de profissionais dedicados que irão te ajudar neste caminho.
Um grande abraço
Dra Geórgia Fonseca
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