Hoje vou falar para vocês sobre
algumas das pesquisas mais importantes sobre o autismo em 2024, incluindo suas descobertas e os centros de pesquisa envolvidos:
1. Genética e Epigenética em Modelos Animais - Juntendo University, Japão: Um estudo liderado pelo Dr. Tadafumi Kato explorou o gene KMT2C, ligado ao autismo. Em camundongos geneticamente modificados, observou-se que mutações no KMT2C resultam em comportamentos típicos do autismo, como inflexibilidade e hipersensibilidade auditiva. Uma substância chamada vafidemstat mostrou-se promissora para normalizar a expressão genética, sugerindo um potencial tratamento para autismo e outros transtornos psiquiátricos.
2. Dopamina e Desenvolvimento Neurológico - Nantong University, China: Um estudo inovador descobriu que a dopamina, neurotransmissor associado ao prazer, também pode desempenhar papel no desenvolvimento de circuitos neurais afetados no autismo. Ao testar essa hipótese em peixes-zebra, os cientistas observaram que a interrupção dos sinais de dopamina produziu comportamentos semelhantes aos do autismo, apontando para novas possibilidades de tratamentos focados nas vias dopaminérgicas.
3. Mapeamento Cerebral e Genético - PsychENCODE e UCLA: Como parte do consórcio PsychENCODE, pesquisadores da UCLA, liderados pelo Dr. Daniel Geschwind, desenvolveram o primeiro estudo a conectar diretamente o risco genético do autismo com mudanças moleculares no cérebro. Eles analisaram mais de 800 mil núcleos celulares para mapear as alterações cerebrais em pessoas com autismo, descobrindo que algumas redes de genes específicos alteram a comunicação entre regiões cerebrais, especialmente em neurônios que conectam os hemisférios do cérebro.
Essas pesquisas ilustram avanços significativos em várias áreas - desde a genética e epigenética até o papel de neurotransmissores no desenvolvimento cerebral - trazendo insights sobre potenciais intervenções.
Que em 2025 possamos continuar avançando!
Um grande abraço
Dra. Geórgia Fonseca
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